O tribunal do Júri de Cajazeiras julgará nesta terça-feira dia 25, o Sargento reformado da PM, José Anchieta Dantas, pelos crimes de morte de Antônio Ramalho Martins, conhecido como Hominha, além da tentativa de homicídio contra uma sobrinha da vítima fatal, ocorrida no dia 23 de dezembro de 2018 no bairro das Casas Populares em Cajazeiras.
Narra os fatos que o sargento da Polícia Militar José Anchieta Dantas, suspeito de matar um homem e ferir uma mulher após uma discussão por causa de um som alto em uma festa na cidade de Cajazeiras, no Sertão paraibano, foi preso após se apresentar à polícia na segunda-feira (24). O crime aconteceu na manhã do domingo (23) de dezembro de 2018.
De acordo com a Polícia Civil, o policial estava em casa e teria se incomodado com o barulho de uma comemoração que acontecia na vizinhança. Irritado, o sargento foi até o local para pedir que o volume do som fosse diminuído.
Conforme as imagens, o crime aconteceu às 9h50 (horário local) do domingo. A vítima que morreu, Antônio Ramalho, aparece discutindo com o sargento. A vítima sai do local sendo levada pela sobrinha quando, segundos depois, o policial sai numa moto, saca a arma e vai até os dois e atira contra tio e sobrinha e em seguida volta até a moto e foge.
De acordo com o delegado Danilo Charbel, após ouvir a sobrinha de Antônio e outros familiares, e com base nos exames feitos nas vítimas, a polícia pediu a prisão preventiva do sargento.
“O policial, juntamente com a arma que se encontrava com ele, que pertence à PM, um revólver calibre 38 com cinco munições intactas, se apresentou perante o superior hierárquico dele, o coronel Guedes, que nos comunicou sobre a apresentação espontânea. Houve o decreto do Poder Judiciário da prisão preventiva e no mesmo momento, ele foi preso e interrogado”, explicou o delegado.
Antônio Ramalho chegou a ser socorrido para o Hospital Regional de Cajazeiras, onde passou por reanimação, mas morreu minutos depois. A sobrinha dele foi atingida por um tiro no ombro, passou por cirurgia e foi liberada
Outro crime.
No ano de 2013, José Anchieta Dantas foi preso, por determinação do juiz José Djaci Soares, da 1ª Vara do Fórum da cidade de Cajazeiras na época. Ele foi acusado de matar Marciano de Freitas Trajano, no dia 22 de maio de 2012 no município.
De acordo com as investigações da 9º Delegacia Regional de Polícia Civil, a vítima foi morta com um tiro no peito, após se recusar a realizar um conserto em um aparelho de ar condicionado do acusado. Testemunhas relataram, no entanto, que no dia 15 de maio de 2012, o filho do Cabo Anchieta teria sido agredido por alguns rapazes, dentre eles Marciano e essa teria sido a verdadeira motivação para o crime.