O bebê encontrado morto dentro de uma caixa de sapato, em uma lixeira, no bairro de Intermares, em Cabedelo, em março, nasceu com vida e respirou após o parto, conforme informações da diretora do Numol, do Instituto de Polícia Científica de João Pessoa, Cristiane Helena, em contato com a TV Cabo Branco. Na terça-feira (22), o abandono do bebê completa 5 meses.
Também para a TV Cabo Branco, Cristiane Helena informou que mais detalhes sobre a causa da morte do bebê serão revelados em entrevista coletiva que vai ocorrer até sexta-feira (25). Ela não quis dar mais detalhes sobre a causa da morte da criança no momento.
Segundo o IPC, a causa da morte da criança foi por asfixia, constatado em laudo do instituto. Detalhes quanto ao que desencadeou a asfixia não foram revelados.
De acordo com as investigações da polícia, o pais do bebê declararam em depoimento que a estudante mãe da criança soube da gravidez no início de março e que posteriormente sofreu um aborto espontâneo. A mãe e o pai do bebê são estudantes de medicina, em universidade no litoral sul.
O bebê teria cerca de 30 semanas, era do sexo masculino e estava dentro de uma caixa de sapato quando foi encontrado dentro de tambor de lixo por um catador. Um exame de DNA foi feito para comprovar os laços familiares entre os três envolvidos.
Ainda conforme o depoimento prestado à polícia, a mãe de 22 anos contou que não apresentava sinais típicos de gravidez. Na versão dita para a polícia, ela afirmou que as duas famílias não sabiam da gravidez e que o casal temia a reação dos familiares quando descobrissem. Somente no começo de março é que a jovem teria descoberto que estava grávida, após fazer um teste rápido.
O casal revelou, à época, que no dia 21 de março, a mãe sofreu um aborto espontâneo, por volta das 14h. No mesmo dia, câmeras de segurança de um prédio em Intermares, na Grande João Pessoa, flagraram o momento em que um homem, em que a polícia suspeita ser o pai, de 21 anos, jogou em uma lata de lixo uma caixa, que estava dentro de uma sacola plástica. O corpo do bebê estava dentro da caixa.
Uma perícia realizada pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) na época em que aconteceu o caso, confirmou que o corpo não tinha lesões externas.
Fonte: g1 PB